domingo, 5 de junho de 2011

Soprei num prato de farinha ... e ai?

Depois de almoçar, uma pessoa me avisou:

- Sua cara está cheia de farina...
- Farinha? Mas eu não comi farinha... O que está acontecendo?

Vocês sabem o que é isso?
Isso é peeling ... Uma das coisas que nós, mulheres, fazemos para tentar enganar o tempo e as marquinhas da idade.
Num belo dia nos olhamos no espelho e sentimos falta do brilho da juventude. Não é saudosismo e nem poesia de farmácia, são os hormônios que já não funcionam como deviam, somados aos anos de sol que tomamos quando a moda era ser morena e não existia protetor solar.
Esse pensamento fica na nossa cabeça até que vemos, em carne e osso (revista não vale ... tem photoshop) alguém da nossa idade, com a pele linda ... novinha em folha ... automaticamente vem o desejo: eu também quero!!!!!!!!!!!!!!

E tudo começou assim, com um: EU TAMBÉM QUERO!!!!!!!!!!!!!!

Corri para o dermatologista e no dia seguinte já havia gastado uma baba de dinheiro com cremes e sabonetes sonhando com a pele de “bundinha de bebê”. Duas noites após o uso do potente acido, instalou-se meu desespero ... eu estava toda roxa. Roxa mesmo, parecendo uma beterraba. A filha de minha vizinha (4 anos) entrou correndo lá em casa, tomou um susto, e disse: tia, você vai voltar???

Buááááááá .......... queimei meu rosto e agora???????????.

Às 6 hrs da manha eu já estava na porta da clínica esperando o medico chegar para me dizer:

- Mas eu não te falei que ficava assim? Está tudo normal. Só volte aqui depois que despelar todo o rosto para ver se será necessário outro ciclo.

Ufa... o problema agora era ir trabalhar com a cara roxa ... e lá vamos nós... cobri o rosto com um quilo de maquiagem e fui encarar o trabalho. Mal sabia que o pior ainda ia começar ... o peeling de fato, para nós bons baianos, o despelamento. E ai, não tem maquiagem... você fica com o rosto enfarinhado, parecendo que soprou num prato cheio de farinha. Muito semelhante ao sujinho do queijo ralado depois que comemos o pão delicia, só que em todo o rosto.

Depois de alguns dias colocando maquiagem e ouvindo “que sol foi esse? Você está toda despelando ... esqueceu o protetor?” você descobre que a pele ficou lindinha, realmente uma “bundinha de bebê”, mas que a carne já está toda mole!!!!!!

SOCORROOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!

PRECISO DE UM BISTURI !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 24 de abril de 2011

Tem algo sombrio no carro ao lado ... Quem é o carona ???

Juro que não é complexo de Poliana.
Ate porque neste caso a questão não foi “ver o lado bom da coisa”, foi realmente constatar que, às vezes, há uma situação pior.
Passar 4 dias com a família era tudo que desejava, de preferência em lugar fora de Salvador. Minha filha sugeriu um passeio com aventura ... automaticamente nos programamos para ir a Chapada Diamantina. E lá fomos nós: eu, Marcelo, Nina e Gui, meu sobrinho. Confesso aqui, que o plano era fazer uma aventura bem confortável ... um bom hotel e alguns passeios com infraestrutura para turista infantil.
Mas a nossa aventura começou bem antes do planejado. Nem tínhamos saído de Salvador e a rodovia já estava engarrafada ... como não podia deixar de ser ... vários condutores mal educados cortando pelo acostamento ... motociclistas “avionados” e alguns vendedores de água e salgadinhos chips aproveitando o momento para fazer um trocado .
Cada vez, a velocidade dos carros diminuía até que... parou ... parou mesmo ...ninguém mais saía do lugar. Acidente grave na estrada.
No auge da agonia, 4hr de viagem, 37km rodados, 2 crianças ansiosas por aventura e um cd de Justin Bieber que já tinha tocado 300 vezes ... ouvi o sussuro de Marcelo: olhe para o lado. Numa primeira olhada: carros parados em todos os lados, pessoas andando pela pista, um pai tirando um pacote de fralda descartável do porta mala, um motorista passeando com um cão enorme, jovens garotas e garotos de minishorts e camisetas começavam a beber. Um helicóptero da polícia em sobrevôo e ... outro sussuro: olhe dentro do carro.
Um carro comum parado no acostamento, com os vidros semi-abaixados e lá dentro .... um caixão.
KKKKKKKKKKKKK     não me contive. Tive uma crise de riso .... enquanto eu  no meu  carro tentava controlar a ansiedade das crianças criando situações inusitadas como proibir beber água pois, na estrada não tinha banheiro ... meu vizinho de pista tinha um defunto como companheiro de viagem.
E assim, ficamos todos juntos por cerca de 2 horas, ao lado de um caixão na estrada, parados, lado a lado, debaixo de um sol que esquentava cada vez mais, sem banheiro, ouvindo Justin Bieber e tendo certeza que a viagem de aventura começou ali, naquele momento..
10 horas depois ... o nosso Muito Obrigado ao Criador do Mundo, chegamos ao nosso destino.
A imagem diz tudo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

EU escolhi VOCÊ novamente

Há um mês fui convidada, ou melhor ... “intimada” a ajudar na elaboração de uma cerimônia em comemoração dos 25 anos de casados de um jovem casal.
No limiar entre o romântico, a raridade e a estranheza, o sentimento de que “não há outro jeito” acabou prevalecendo e eu tive que aceitar o desafio.
O casal era realmente jovem para estar comemorando Bodas de Prata ... o que nos remete a aquele tempo em que adolescentes engravidavam e eram quase obrigados a casar ... mesmo que fosse para separar depois. O que ocorre na grande maioria das vezes!
Mas ... e as bodas???
Foi uma festa mágica, sob a luz de uma imensa lua, abraços carinhosos entre famílias que professam religiões diferentes e amigos que não entendiam porque uma arquiteta (eu) estava dividindo um altar com um pastor, enquanto outros estavam surpresos ao ver a alegria de um casal que na frente todos, declaravam:
- EU escolhi VOCE novamente... ele disse para ela.
- EU escolhi VOCE novamente... ela disse para ele.
E todos se emocionaram e eles seguiram em busca de mais 25 anos.
Para aqueles que têm curiosidade ou para os que ousam escolher uma vida à dois por 25 anos, segue abaixo as lições aprendidas com os noivos:
01.  O tempo de namoro não é determinante para o casamento durar 25 anos.
02.  O ciúme doentio de um pelo outro não acaba um relacionamento verdadeiro.
03.  A falta de experiência para ser pais, não prejudica o caráter dos filhos.
04.  A união e a determinação fazem um casal crescer e progredir.
05.  Não é vergonha pedir apoio a família para vencer as dificuldades.
06.  O exemplo de determinação e coragem contribui para a formação dos filhos.
07.  Não é vergonha dizer que ama um para o outro.
08.  Mesmo na desarrumação a família pode estar sempre unida.
09.  Dica para as esposas: todas as noites a esposa deve dormir com uma camisola diferente e sensual (uauuuuuu – vamos nos inspirar!!!!!!!!!!)
10.  Dica para os maridos: o marido deve lembrar-se de todas as datas comemorativas e presentear a esposa com jóias. (rsrsrsrsrsrsr – maridos, por favor aprendam!!!!!!!!!!)

Nota da autora: Essas 10 lições foram parte integrante da cerimônia.

domingo, 3 de abril de 2011

Sustentabilidade na Construção Civil

Nos últimos anos uma revolução verde chegou à industria da construção civil. Nunca se falou tanto em sustentabilidade, bem como a sustentabilidade nunca teve um papel tão importante no projeto de arquitetura.
Grande parte dessa revolução verde é decorrente da tomada de consciência do efeito das ações do homem sobre o meio ambiente. Na arquitetura e na engenharia, uma gama de fatores fomentou o desenvolvimento de projetos verdes, entre eles, as novas ferramentas que a tecnologia da informação disponibilizou, permitiram que uma edificação tenha todo o seu comportamento simulado, podendo o projeto ser influenciado em vista do seu desempenho futuro, a exemplo da tecnologia Building Information Modeling - BIM.
Um projeto sustentável, vai mais além do que o aproveitamento de água de chuva, da ventilação natural e do uso da energia solar. Para receber esta credencial de empreendimento sustentável, o projeto  precisa ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.
Neste sentido, podemos dizer que o projeto ecologicamente correto está no uso racional de todos os recursos que o meio ambiente nos proporciona, minimizando os impactos ecológicos negativos e potencializando os positivos sobre todas as etapas (projeto, obra, entrega e manutenção). Ao tempo em que ele precisa ser economicamente viável, trazendo o justo retorno a seus acionistas e investidores no curto, médio e longo prazos.
Quanto ao projeto ser socialmente justo e culturalmente aceito, entende-se  aqui o compromisso com o respeito a comunidade local bem como a disseminação do conhecimento adquirido e aplicado ao projeto, contribuindo para o crescimento de todas as pessoas envolvidas.
Para mensurar o quão sustentável é a edificação, em todo o mundo foram criados diversos modelos de certificação. No Brasil são utilizados os modelos AQUA (Alta Qualidade Ambiental) e LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), cada um com suas características especificas e normas, porém, com o compromisso de tornar o edifício mais eficiente na sua totalidade, obedecendo  a critérios de avaliação a exemplo de:
·         Relação do edifício com seu entorno
·         Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos
·         Canteiro de obras com baixo impacto ambiental
·         Gestão da energia e da água
·         Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício e sua manutenção
·         Conforto acústico, visual , olfativo e higrotermico (temperatura e umidade),
·         Qualidade sanitária dos ambientes, do ar e da água
O papel do arquiteto e todos os técnicos envolvidos no planejamento e execução  é fundamental . Mais do que uma tendência, a sustentabilidade na construção veio para ficar, sobretudo em um mercado que se torna cada dia mais competitivo e que demanda produtos mais eficientes, com vida útil mais longa e maior valor de mercado.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ele vai pedir ele em casamento

Durante o Carnaval pude acompanhar, juntamente com minha filha, o desenrolar da novela Tititi, que estava chegando ao final e, que assisti a primeira versão.
Na novela, há dois rapazes apaixonados que estavam sofrendo porque não viviam plenamente o romance pois um deles tinha vergonha de assumir a homossexualidade. Uma cena especifica, onde eles conversavam num jardim me chamou atenção. Eles estavam sentados num banco e conversavam sobre o sentimento que um tinha pelo outro.
Enquanto assistia cena, eu (Geração x, nascidos nos anos de 1960 a 1980, marcado pela quebra de velhos tabus, velhos conceitos, paradigmas e autoritarismo), pensava ... “se fosse um casal (homem mulher) haveria um beijo no final, mas ainda não estamos socialmente preparados para ver um beijo masculino na novela das 7”. Ao mesmo tempo, minha filha (Geração Z - 1990 e 2009, formada por crianças e adolescentes, futuros consumidores, indivíduos constantemente conectados através de dispositivos portáteis e, preocupados com a sustentabilidade e meio ambiente) pulava e batia palmas alegremente no sofá gritando: “é agora que ele vai pedir ele em casamento – Pede! Pede! Pede!”. Ambas ficamos frustradas com a cena ... não houve beijo nem houve pedido de casamento.
Só então me deparei com o tamanho do abismo existente entre gerações tão próximas (alternada pela Geração Y - nascidos 1980 e 2000 formada por jovens com valores e comportamentos desenvolvidos a partir da integração da tecnologia ao cotidiano, uma vez que cresceram jogando vídeo game e musica na internet). A distância entre Ver e Viver o cotidiano da vida.
Não se trata de ser ou não homossexual, não se trata de ser ou ser preconceituoso, de ser ou não ser “bem-resolvido”. A geração Z ultrapassa questões conceituais com mesma velocidade a que estão conectados e muito simplesmente se declara: eu quero ser feliz.